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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em Cabo Verde
Enquanto Pequeno Estado Insular em Desenvolvimento (SIDS), Cabo Verde e os seus parceiros têm trabalhado e, continuarão na direção de redução das suas vulnerabilidades, construção da sua resiliência às mudanças climáticas, colmatando assim as distâncias geográficas entre as suas ilhas; redução das disparidades regionais, custo de energia, água e transporte; aumento da sua produtividade; investimento no seu capital humano; promoção do uso sustentável e da conservação de seus recursos naturais - recursos terrestres e marinhos; e de impulsionamento da sua integração dinâmica no sistema económico global.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares possam desfrutar de paz e prosperidade. Estes são os objetivos que as Nações Unidas estão a contribuir para a sua realização em Cabo Verde:
História
16 junho 2022
A embaixadora que quer ser uma voz contra a violência contra crianças
Tem 14 anos, é estudante do 8º ano de escolaridade, atriz de teatro e cantora, para além de executar outras funções que, porém, não a impedem de ser uma boa aluna.
O seu carisma e extroversão fizeram com que fosse escolhida pela associação ACRIDES para ser a embaixadora da criança em Cabo Verde. Aceitou o desafio e como causa principal escolhe a prevenção e o combate ao abuso e violação sexual de menores.
Tinha cinco anos quando pisou os palcos pela primeira vez e para cantar, coisa que gosta imenso de fazer. Como incentivadora, teve, desde sempre, a mãe que, segundo Daniela, sempre a estimulou a seguir os seus sonhos, a não desistir jamais perante dificuldades e, acima de tudo, a não ligar para que os outros diziam de negativo.
Alias, a mãe é a sua fonte de inspiração e a razão pela qual hoje, ela foi escolhida para ser a embaixadora da criança em Cabo Verde.
“Desde muito pequena vejo e acompanho o trabalho que a minha mãe faz e sempre quis fazer a mesma coisa: ajudar pessoas”, diz a menina que já sabe o que quer ser quando for adulta: médica pediatra ou fisioterapeuta.
A indicação e nomeação para embaixadora da criança veio após ter protagonizado uma produção audiovisual sobre a prevenção ao abuso sexual e violação dos direitos da criança, no âmbito do trabalho da Rede Nacional de Protecção à Criança contra o Abuso e a Exploração Sexual. Sobre a sua função, a adolescente diz que quer contribuir para melhorar a situação das crianças em Cabo Verde.Por ora, já tem uma causa que quer abraçar.
“Preocupa-me imenso a violência e o abuso sexual contra crianças. Perturba-me e choca-me muito e quero que acabe, pois, isso deixa traumas na vida de uma criança. Existe uma lei, mas parece-me que muitas pessoas não a levam à sério. Também defendo que quem abusa de uma criança deve ser penalizada enquanto ela for menor. Essa é uma causa a qual pretendo dar a minha voz.”
Para Daniela, a prevenção ao abuso e violação sexual passa também pelas crianças estarem informadas, dai que advoga um diálogo constante a aberto entre pais e filhos.
DIÁLOGO ENTRE PAIS E FILHOS
“Os pais devem conversar com os filhos. A minha mãe sempre conversou comigo, alertando-me sobre os perigos que uma criança pode enfrentar, para que eu ficasse atenta. Sempre que acontece algo que não esteja bem, eu conto-lhe. Gostaria que todos os pais fizessem a mesma cosia com seus filhos. Eu peço sempre as minhas colegas que falem com os pais, mas vejo que elas sentem medo. As mães não deveriam ser assim, mas sim abertas com seus filhos e conversarem ao invés de ralharem.”
Outra coisa que preocupa a jovem embaixadora é a carência afetiva e emocional dos adolescentes. “Há muita falta de atenção dos pais”. Daniela nota isso nos colegas que, segundo ela, fazem certas coisas e têm determinados “somente para chamar a atenção”.
Sobre os jovens adolescentes e as redes sociais, Daniela acredita que estas podem ser usadas de forma útil
“Eu costumo aproveitar as minhas conversas nas redes para dar conselhos aos colegas e amigos. Sou muito conselheira. Mas há desvantagens e perigos. Devemos é ter atenção com as pessoas mal intencionadas que assediam crianças e adolescentes e mandam conteúdos inapropriados. Quando isso acontece, devem informar os pais.”
Enquanto embaixadora da criança, Daniela deixa uma mensagem aos adultos: “as crianças são o futuro e o sorriso do mundo. Elas são como borboletas. Algumas voam rápido, algumas voam pausadamente, mas todas voam do seu melhor jeito. Cada uma é especial do jeito que é. Então, eu quero muito que deixem as crianças serem crianças.”
Para as outras crianças, a embaixadora pede que tenham confiança e sigam os seus sonhos.
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História
13 junho 2022
Desenhar comunidades mais inclusivas e auto sustentáveis
Mudar a realidade habitacional de pessoas de baixa renda é o principal propósito do projeto B-Studio, idealizado pela jovem arquiteta Bertânea Almeida, e um dos 225 selecionados e financiados pelo Fundo Lavanta.
Fomos encontrar a arquiteta no seu estúdio, onde também recebe estagiários dos cursos de arquitetura e engenharia civil. Tudo começou com a sua tese de mestrado sobre a temática habitação espontânea e realojamento social. O desejo de trabalhar nessa área levou-a a solicitar e fazer um estágio na Câmara Municipal de São Vicente, mas foi a partir de 2020 que Bertânea começou a pensar seriamente em se dedicar completamente ao setor da habitação social
Fui observando que muitas pessoas tinham as moradias em situação de degradação, mas não tinham como reabilitá-las por não terem recursos para fazê-lo. Pensei então, juntamente com parceiros, identificar casos mais gritantes de moradias em condições de precariedade, particularmente de idosos, e disponibilizar serviços acessíveis para a requalificação das mesmas”, explica a jovem arquiteta.
Bertânea começou a pôr mãos à obra, desenhando projetos e buscando parcerias para a sua concretização. Porém, enfrentou alguns constrangimentos, mas da dificuldade nasceu a solução.
Deparei-me com demora nas respostas. Daí, pus-me a pensar em como ultrapassar esse constrangimento. Foi então que resolvi transformar esse projeto num negócio social. Basicamente, o que fazemos é ajudar os nossos clientes a terem acesso ao projeto, é democratizar o acesso ao projeto. Há pessoas de baixa renda, sem possibilidades de pagar por um projeto, então a B-Studio pensou numa solução. Como? Adaptamos cada projeto às condições económicas dos nossos clientes. Dividimos o montante do projeto em parcelas alargadas para que as pessoas possam pagar. Dessa forma vamos mudar a realidade habitacional de muitas pessoas”, esclarece a jovem, acrescentando que a garantia dos pagamentos é assegurada mediante um acordo tripartido entre a B-Studio, o banco e o cliente.
Bertânea Almeida não quer que o projeto fique apenas pela reabilitação de casas. Ao mesmo tempo que melhora as condições de habitabilidade, o B-Studio pretende adaptar os espaços reabilitados ao talento das pessoas, para que estas possam ter a possibilidade de explorar o seu negócio.
Por exemplo, se a pessoa tem ou quer iniciar um negócio na área da restauração, queremos adaptar a moradia para que esta pessoa possa ter condições de realizar a sua atividade na própria moradia. No fundo, queremos criar condições para que as pessoas saiam do ciclo de pobreza”, finaliza.
O Fundo Lavanta é financiado pelo mecanismo de Financiamento Rápido do PNUD, no âmbito do INFF -Quadro Nacional Integrado de Financiamento - e administrado pela Pro Empresa, para fomentar projetos inovadores do setor privado liderado por jovens e mulheres a nível local, promover a inovação e o empreendedorismo e a coesão social e programas de integração comunitária.
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História
30 maio 2022
Mudar vidas através de um telemóvel
Mudar vidas através de um telemóvel
Fazer a diferença na vida de outras vidas e contribuir para colmatar lacunas históricas, culturais e estruturais que ainda hoje limitam a participação feminina na economia formal. Foram essas as principais motivações que estiveram na base da criação do projeto SMS EmpoderELAS, um dos selecionados e financiados pela iniciativa Youth Challenge for SGD, promovido pelo Instituto do Desporto e da Juventude como apoio do Escritório Conjunto do PNUD, UNICEF e UNFPA.
A informalidade nos negócios liderados por mulheres preocupa Maria Filomena Lima, uma das mentoras do projeto, que acredita que a sua redução constitui um passo fundamental para diminuir as desigualdades de género.
“A informalidade é a barreira para o aceso inclusivo dessas mulheres ao emprego digno, importa absorver este hiato com ferramentas localizadas, que acredito serem capazes de suturar este distanciamento ainda perene, que continua cristalizando as desigualdades económicas de género na nossa sociedade”, realça a jovem.
Assim, esperam com o SMS EmpoderaELAS poder contribuir para empoderar e aumentar a participação mulheres empreendedoras de baixa renda e da economia informal das zonas rurais do município do Porto Novo, ilha de Santo Antão, usando a tecnologia, nesse caso, o telemóvel.
O projeto visa ainda criar pacotes informativos básicos de gestão, direito, finanças, recursos humanos e fiscalidade. Iremos compilar e organizar os conteúdos informativos em mensagens curtas e simples, e disponibilizá-los aos bancos que, por sua vez, encaminham-nos para os telemóveis destas mulheres do setor informal, nomeadamente, vendedoras, artesãs, manicures, cabeleireiras, peixeiras, entre outras. O que pretendemos é “equipar” as mulheres de baixa renda com ferramentas de planeamento e avaliação de finanças pessoais, emprego e negócios”.
A ideia é aproveitar que estas mulheres já possuem uma conta bancaria e criar essa relação e partilha de um pacote de empoderamento financeiro, entre os bancos e estas mulheres
Com este projeto Maria Lima, que é da área de gestão dos recursos humanos, e os seus colegas, Gerson Delgado (Administração), Hernany Fortes (Direito) e Imanuela Nascimento (Fiscalidade) pretendem contribuir para o cumprimento dos ODS, particularmente do ODS 1 (Erradicação da pobreza), ODS 5 (Igualdade de Género) e o ODS 10 (Redução das Desigualdades).
E uma vez que a informalidade não acontece só no Porto Novo, os mentores do projeto querem, mais tarde, alargá-lo a nível nacional.
“Existe muita informalidade nos negócios liderados por mulheres, em Cabo Verde. Porto Novo é o ponto de partida, mas toda a engenharia do projeto está necessariamente veiculada ao âmbito nacional, em uma perspetiva paliativa que se espera ser replicada em todos os municípios, ainda que não de forma uniforme, mas respeitando sempre as especificidades e idiossincrasias de cada região”, realça Maria Lima.
A jovem diz ainda que a previsão é, posteriormente, ampliar essa iniciativa para mais parcerias que envolvam outras empresas de serviço, utilizando sempre o telemóvel e as SMS.
Promovida pelo Instituto para o Desporto e para a Juventude, em parceria e com o apoio financeiro do Escritório Conjunto do PNUD, UNICEF e UNFPA, no quadro do programa Youth Conneckt Cabo Verde, a iniciativa Youth Challenge for SDG visa fomentar a participação e o engajamento dos jovens universitários no desenvolvimento do país, bem como potenciar o conhecimento académico para criação de soluções inovadoras e sustentáveis. Além disso, pretende estimular a criatividade, experimentação e a competitividade para criação de pequenos projetos que tenham impacto no desenvolvimento das comunidades.
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História
09 maio 2022
Youth challenge for SDG : “Esta iniciativa é uma oportunidade única para o desenvolvimento das nossas comunidades e dos próprios jovens”
Imaginemos um passeio de bicicleta pelos bairros da cidade da Praia, feito por turistas, acompanhados por guias locais, onde ao mesmo tempo, estes podem tomar conhecimento da gastronomia e cultura locais. Esta é a proposta do Cycling CV Tourism, projeto dos jovens Estevão Silva e Maria Ramos, um dos selecionados pela iniciativa Youth Challenge for SDG, apoiada pelo Escritório Conjunto do PNUD, UNICEF e UNFPA.
O projeto, que surgiu após o pico da pandemia da Covid-19, une o útil ao agradável, proporcionado, simultaneamente, uma experiência diferente e saudável aos turistas, através da cultura e da gastronomia, e a promoção do emprego de guias turísticos e rendimento para as comunidades
Face à diminuição dos casos de COVID-19, senti uma grande motivação e vi que poderia desenvolver algo na comunidade, para apoiar o crescimento e a retoma da nossa economia. Sinto que, com este projeto, podemos fazer alguma muito importante para a comunidade e para o nosso país. Esta iniciativa é uma oportunidade única para o desenvolvimento das nossas comunidades e dos próprios jovens, e que pretende, de uma forma inovadora e integradora, promover o turismo comunitário, de modo saudável para o praticante, para a comunidade e para o meio ambiente, mas, por outro lado, valorizar a gastronomia e a cultura das comunidades”, explica Estevão, estudante do curso de Contabilidade.
E sendo que a iniciativa Youth Challenge for SDG está ligado aos ODS, o Cycling CV Tourism, pretende dar um contributo aos ODS 3 (saúde e bem estar), ODS 11 (Cidades e Comunidades Sustentáveis) e ODS 13 Ação contra a Mudança Global do Clima).
Para Maria, o Youth Challenge for SDG é uma oportunidade para os jovens partilharem e aprenderem, mas também para criarem negócios rentáveis e sustentáveis.
Desde o começo, foi uma oportunidade relevante, de muitos dias seguidos de treinos, esforços, sabedoria e ampliação de conhecimento. Tivemos a oportunidade de pôr em prática os nossos conhecimentos. Partilhamos muito com os formadores e eles connosco. Sentimos uma grande confiança da parte dos formadores, que eles acreditaram que o nosso projeto terá e vai seria de uma grande valia para o nosso país. Assim, apelamos aos jovens para engajarem, não só para porem em prática os seus conhecimentos, mas também para terem um negócio sustentável e rentável”, diz a jovem finalista do curso de licenciatura em Ciências de Comunicação.
Sobre a importância do engajamento dos jovens em relação aos ODS, Maria diz que se trata de um imperativo para Cabo Verde: “A maior parte do mundo está a implementar os ODS e não queremos que o nosso país fique de fora. São objetivos ambiciosos e interligados, que respondem aos principais desafios que país enfrenta, de não deixar ninguém para trás. Com a realização dos ODS, através de um trabalho em conjunto, teremos um país melhor.”
Promovida pelo Instituto para o Desporto e para a Juventude, em parceria e com o apoio financeiro do Escritório Conjunto do PNUD, UNICEF e UNFPA, no quadro do programa Youth Conneckt Cabo Verde, a iniciativa Youth Challenge for SDG visa fomentar a participação e o engajamento dos jovens universitários no desenvolvimento do país, bem como potenciar o conhecimento académico para criação de soluções inovadoras e sustentáveis. Além disso, pretende estimular a criatividade, experimentação e a competitividade para criação de pequenos projetos que tenham impacto no desenvolvimento das comunidades.
Depois de cinco etapas, incluiu workshops sobre os ODS e um bootcamp, 15 projetos, de 29 jovens (individualmente ou em grupo), foram selecionados e premiados e vão agora ser implementados bem como monitorizados e avaliados, posteriormente.
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História
07 julho 2020
Uma resposta coordenada ao coronavírus
No dia 11 de março de 2020, a World Health Organization (WHO) classificou o coronavírus (COVID-19), a doença viral, como uma pandemia, mas é uma pandemia que pode ser controlada. O coronavírus (COVID-19) é uma doença infecciosa causada pelo coronavírus recentemente decoberto.
O Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, que chefia a agência da ONU, disse, na sua declaração : "Vou ser claro: descrever isto como uma pandemia não significa que os países devam desistir".
O Secretário-Geral da ONU instou a todos os países a adotarem uma abordagem abrangente, adaptada às suas circunstâncias - com a contenção como um pilar central. O COVID-19 está a afetar milhares de pessoas, com impacto nos sistemas de saúde dos países e tendo amplos efeitos sociais e económicos. As entidades da ONU que trabalham no desenvolvimento, o Grupo de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas Grupo de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas , estão a apoiar os países nos seus planos de preparação e resposta.
Esta página reúne fontes de informação e orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das Nações Unidas (ONU) sobre o atual surto de novo coronavírus (COVID-19).
A Organização Mundial da saúde (OMS) tem estado a trabalhar em estreita colaboração, a nível global, com especialistas, governos e parceiros para rastrear a disseminação e fornecer orientação a países e indivíduos sobre medidas para proteger a saúde e impedir a disseminação desse surto.
Para manter-se atualizado com as informações mais recentes, visite:
• Organização Mundial da Saúde: https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019
• Notícias atualizadas sobre a resposta das Nações Unidas: https://news.un.org/en/events/un-news-coverage-coronavirus-outbreak
• Diretrizes da OMS para os países:
https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/technical
Coronavirus (COVID-19) Situation: https://experience.arcgis.com/experience/685d0ace521648f8a5beeeee1b9125cd
Resposta das Nações Unidas em Cabo Verde
Acompanhe o resumo das atividades das Nações Unidas em Cabo Verde no boletim especial dedicado às ações e iniciativas realizadas e em curso para apoiar as autoridades na resposta à pandemia da COVID-19 no país.
Boletim II - Versao Portuguesa https://caboverde.un.org/pt/99022-boletim-especial-ii-resposta-das-nacoes-unidas-em-cabo-verde-covid-19-no-pais
Boletim I - Versão Portuguesa https://caboverde.un.org/pt/51341-boletim-especial-resposta-das-nacoes-unidas-em-cabo-verde-covid-19-no-pais
English version https://caboverde.un.org/sites/default/files/2020-07/COVID19%20UN_CV%20Response%20Bulletin_en-compressed.pdf
Evolução da situação da pandemia de COVID-19 em Cabo Verde
Esteja actualizado da evolução da pandemia de COVID-19 em Cabo Verde através do site https://covid19.cv/ , uma plataforma construída pelo Governo de Cabo Verde em parceria com as Nações Unidas, através do PNUD e com a participação da equipa de Accelerator Lab do PNUD
Artigo
Como a ONU tem apoiado Cabo Verde a enfrentar a crise do COVID-19 e preparar a recuperação.
https://caboverde.un.org/pt/52350-de-que-forma-nacoes-unidas-estao-apoiar-cabo-verde-enfrentar-crise-da-covid-19-e-preparar
A nossa presença no terreno em resposta à COVID-19
https://caboverde.un.org/pt/54488-o-projeto-de-resposta-rapida-ao-covid-19-vai-apoiar-os-municipios-mais-afetados-pela-crise
https://caboverde.un.org/pt/52255-covid19-unicef-cabo-verde-entraga-kits-adaptados-para-lavagem-das-maos-das-criancas-todos-os
https://caboverde.un.org/pt/53357-accelerator-lad-cabo-verde-procura-de-solucoes-inovadoras-para-responder-aos-desfios-actuais
https://caboverde.un.org/pt/52225-covid19-nacoes-unidas-em-cabo-verde-disponibilzam-recursos-para-apoiar-na-reabertura-de
https://caboverde.un.org/pt/52224-covid-19-atencao-especial-aos-trabalhadores-do-sector-informal-desafios-globais-exigem
https://caboverde.un.org/pt/52223-covid19-oms-cabo-verde-disponibiliza-mais-de-meio-milhao-de-dolares
https://caboverde.un.org/pt/52185-covid19-unicef-forma-cerca-de-150-tecnicos-da-area-de-saude-educacao-da-protecao-da-criancas
https://caboverde.un.org/pt/52183-covid19-comunicacao-de-risco-e-o-engajamento-de-comunitario-um-factor-essencial-na-prevencao
https://caboverde.un.org/pt/52180-oms-doa-conjunto-de-dispositivos-medicos-e-acessorios-para-apoiar-na-resposta-covid-19
https://caboverde.un.org/pt/52141-comvida-uma-solucao-tencologica-no-combate-covid19-em-cabo-verde
Imprensa
https://caboverde.un.org/pt/52275-covid19-nacoes-unidas-transferem-us-10000000-para-apoio-reabertura-de-creches-e-apoio-idosos
https://caboverde.un.org/pt/46189-covid19-46-familias-serao-beneficiadas-com-rendimento-social-num-em-gesto-de-solidariedade
https://noticias.sapo.cv/actualidade/artigos/covid-19-nacoes-unidas-mobilizam-120-milhoes-de-dolares-para-ajudar-cabo-verde
http://www.rtc.cv/carnaval/index.php?paginas=21&id_cod=24353
https://www.asemana.publ.cv/?Covid-19-Projecto-sobre-capacidade-de-resposta-e-recuperacao-das-empresas-a&ak=1
Solidariedade dos funcionários das Nações Unidas
Covid-19: Funcionários das Nações Unidas em Cabo Verde unem-se para garantir rendimento social a 46 famílias
https://noticias.sapo.cv/sociedade/artigos/covid-19-funcionarios-das-nacoes-unidas-em-cabo-verde-unem-se-para-garantir-rendimento-social-a-46-familias
Entrevista Exclusiva ao Jornal Expresso das Ilhas
" A nossa máxima é não deixar ninguém para trás" . Ana Graça, Coordenadora Residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde
https://expressodasilhas.cv/pais/2020/06/21/ana-graca-coordenadora-residente-do-sistema-das-nacoes-unidas-em-cabo-verde-a-nossa-maxima-e-nao-deixar-ninguem-para-tras/70068
A versão PDF pode ser encontrada neste link https://caboverde.un.org/sites/default/files/2020-07/Jornal%20968.pdf
Participação especial da Coordenadora Residente, Ana Graça, no programa Nha Terra Nha Cretcheu da RTP
https://www.rtp.pt/play/p6589/e481130/nha-terra-nha-cretcheu
SPOT TV
Um por todos, todos por um. O papel dos jovens na prevenção da COVID-19
https://www.youtube.com/watch?v=yMWJyjPNjkw
COVID-19 Preveção para Imigrantes
https://www.youtube.com/watch?v=zkDaJ0881Po
COVID-19 Prevenção para pessoas privadas de liberdade
https://www.youtube.com/watch?v=NHhMdEC26Dk
COVID-19 Prevenção para IDOSOS
https://www.youtube.com/watch?v=SsqUOmTrGAQ
Informações para se prevenir da COVID-19
https://www.youtube.com/watch?v=eV29tTkd4MU
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História
06 abril 2022
Nutrir com o coração
Não é presidente nem formuladora de políticas. Adelaide Delgado é nutricionista no Hospital Batista de Sousa, na ilha de São Vicente e é a alma do Centro de Recuperação Nutricional para crianças, em São Vicente. A sua visão está focada na segurança alimentar das crianças que frequentam o espaço.
Trabalha no Batista de Sousa, mas diz que gerir e se ocupar do Centro de Recuperação Nutricional é “um hobbie” que a satisfaz, desde 1991, já que há situações que considera serem “muito complicadas” e para as quais não dá para não atender.
“Não digo que há crianças mal nutridas, mas temos algumas que correm o risco de insegurança alimentar. A má nutrição na primeira infância é um desastre então por isso a nossa missão principal é prevenir”, diz Adelaide. “Desde 2000 atuamos na prevenção, para que as crianças não fiquem numa situação de má nutrição. Se evitarmos a má nutrição na primeira infância, teremos homens e mulheres com capacidade intelectual e capazes de dar o seu contributo ao país”.
O Centro, que funciona no espaço do Centro Juvenil Nhô Djunga, são atendidas, diariamente, uma média de 45 crianças, mas antes da pandemia foram bem mais do que 90. São maioritariamente crianças oriundas de famílias com vulnerabilidades socio económicas
“São situações várias as que vemos aqui. Avós de trinta anos que veem ca deixar os netos porque em casa não há comida ou porque se saírem, serão as crianças mais velhas a cuidar das mais novas, correndo o risco de não ir à escola. Aqui, oferecemos o que podemos”.
O Centro, que inicialmente pertencia a Fundação Teófilo de Menezes, que foi extinta, não tem um financiador permanente, funciona graças aos apoios de amigos, conhecidos, empresas e até de familiares da própria Adelaide. Em caso de necessidades pontuais, Adelaide desenha projetos e envia para mobilização de recursos.
No espaço, as crianças têm também acompanhamento médico, e é a própria quem faz a triagem .
“Venho cá e avaliação. Se a criança precisa de algo, de alguma vacina é referenciada. Se precisam de ir às urgências, são encaminhadas”, explica a nutricionista, que também faz o trabalho de arranjar padrinhos para as crianças.
A nutricionista tem um coração enorme. Já houve tempos em que as crianças iam para a sua casa e lá ficavam por horas, outras até dormiam, porque os pais atrasavam-se em ir buscar as crianças. “Houve um que lá ficou ate hoje, porque adotei-a como filha”.
Ao concluir a conversa, Adelaide Delgado adverte para a necessidade de se passar a responsabilizar os pais e a família pelos seus atos negligentes para com as crianças.
“Precisamos de responsabilizar a família. Doi muito ver uma criança institucionalizada doi muito. Elas não querem estar nesses espaços.
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História
18 março 2022
Investir na prevenção para responder à violência contra crianças
A prevenção é a melhor forma de lutar para que não haja violências contra crianças e investir na prevenção limita a incidência da violência contra crianças e o seu impacto sobre as pessoas ao longo da vida, sobre a sociedade, economia e sobre o desenvolvimento do país.
Esta foi a recomendação deixada pela presidente do Instituto Cabo-verdiano para a Criança e o Adolescente, na sua intervenção, no quadro do evento global realizado esta quinta feira, 17, à margem do Conselho dos Direitos Humanos, sob o tema “Investir em serviços integrados para prevenir e responder à violência contra crianças”.
Os avanços registados a nível da proteção das crianças são significativos, reitera Maria do Livramento Silva, que destaca a reforma legal que culminou com a revisão do Código Penal e do Código do Processo Penal, com agravamento das penas, tornando público o crime cometido contra crianças com idade inferior a 16 anos; a prevenção da exploração sexual, especialmente nos destinos turísticos, coma adesão do país adesão ao Código de Conduta Mundial do Turismo Contra a Exploração Sexual de crianças em viagens e turismo; o II Plano de Ação Nacional Contra a Violência Sexual contra a Criança (2022-2024 e a Estratégia Nacional e de um Plano de Comunicação para a prevenção e o combate à Violência Sexual contra Crianças.
Mas persistem desafios nomeadamente, o abandono, a negligência, conflitos familiares, a convivência com pessoas que fazem o uso abusivo do álcool e outras drogas, a violência física, sexual, psicológica e o trabalho infantil, “que impactam nos direitos humanos, na coesão social, mas também no crescimento económico e no desenvolvimento sustentável do país.”
Como resposta, a presidente do ICCA refirma o compromisso do País em continuar a investir, na saúde materno-infantil, saúde sexual e reprodutiva, na educação de qualidade, e no acesso aos serviços sociais básicos para todos os agregados familiares, e também no sistema de justiça, para não deixar nenhuma criança para trás, e para erradicar a violência contra elas.
O evento Investing in Integrated Services to Prevent and Respond to Violence against Children foi organizado pelo Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para Violência contra Crianças e o Grupo de Trabalho Child Rights Connect e oferece oportunidades para Estados-membros, agências das Nações Unidas, sociedade civil e as próprias crianças partilharem suas experiências e perspectivas sobre a avaliação dos custos da violência.
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História
08 março 2022
"Antes havia peixe e eu não tinha arca, agora tenho arca, mas não há peixe no mar”
A ONU Mulheres alerta para o facto de mulheres e meninas sofrerem os maiores impactos da crise climática, fator que amplia as desigualdades de género existentes e coloca em risco a vida e os meios de subsistência das mulheres. Diz ainda que as mulheres dependem mais dos recursos naturais, mas são as que menos acesso aos mesmos têm e muitas vezes possuem uma responsabilidade desproporcional de garantir alimentos, água e combustível.
A história de Aldina Maria Lopes Cabral espelha bem a condição de muitas mulheres fortemente impactadas pelas mudanças climáticas. Peixeira de profissão, ela recorda-nos o tempo em que em Porto Mosquito abundavam peixes ao ponto dos carros irem carregados para a Cidade Velha e de la para a cidade da Praia.
Odete, como é conhecida por todos, veio receber-nos à entrada da sua casa, na pequena e pacata aldeia piscatória de Porto Mosquito, interior do município da Ribeira Grande de Santiago. O seu corpo franzino contrasta com a vitalidade evidenciada ao longo da nossa conversa. Mãe de seis filhos, um deles falecido no mar, e uns tantos netos, Odete foi uma das beneficiárias do projeto Banco Social, tendo recebido em, 2021, uma arca para guardar e conservar o pescado.
Foi uma grande ajuda e fiquei muito agradecida pois antes tinha que guardar o peixe na arca de uma colega e pagar-lhe uma quantia pelo aluguer do espaço na arca”.
As lides de Odete na pesca começaram bem cedo, por volta dos quinze anos.
“Quando comecei a vender peixe nem os carros chegavam à Porto Mosquito. O bote chegava e o atum era cortado em pedaços e colocado numa caixa que pesava entre 10 e 15 quilos que depois colocava na cabeça para ir vender, juntamente com as minhas amigas Iva Pereira, Mana Bossi e Ioia. Não havia alternativa, eu não fui a escola, não sabia escrever nem ler”.
Houve tempos em que Odete também ia ao mar, mas o peixe “runho” fê-la desistir. “No dia em que vi o peixe fiquei com medo e nunca mais fui. Comecei a ir a Praia vender. Colocava a minha banheira à cabeça e vendia em vários bairros, Achadinha, Santaninha, Calabaceira, Safende”. Odete continua a vender o peixe pelos bairros da cidade da Praia, mas hoje com mais cautela. Antes, não sentia medo, hoje, os tempos são outros, o medo de ser assaltada impede-a de ir a mais lugares.
Não há peixe no mar
Odete recorda com alguma tristeza o tempo em que em Porto Mosquito abundava peixe. Para exemplificar o que diz vai buscar um prato, onde repousa um minúsculo exemplar de um peixe, segundo ela, tem agora um tamanho muto diferente.
A vida não está fácil para essa mulher, que tem em casa treze bocas, com ela catorze, e contas para pagar. Se houvesse peixe em abundância as coisas seriam diferentes.
“Não há peixe. Se houvesse, todos os carros iam carregados de peixeiras, pois aqui só vivem peixeiras. Agora, para conseguir peixe, vou a Praia. A Nuna guarda-me peixe que pago quando térmico de vendê-lo. Quando tiro o dinheiro dela, mais o dinheiro do transporte pouco sobra para comprar os bens básicos. Ainda a luz para pagar, é muito complicado”.
Odete vai ao canto da casa e abre a arca frigorifica, doada pelo Banco Social da Ribeira Grande de Santiago.
“ Antes havia peixe e eu não tinha arca, agora tenho arca, mas não há peixe no mar. No peixe está o meu sustento e o da minha família. É com o peixe que comemos. É com o peixe que pago as contas. Eu só desejo que o tempo mude e que os peixes voltem ao mar”.
Sem previdência social, diz que um dos maiores desejos é completar sessenta anos para passar a beneficiar de uma pensão social. O outro, o maior de todos, aquele que “a deixará descansada” é que a sua kodé, Josiana, possa sair dali para continuar os estudos numa instituição de ensino superior.
“A coisa mais triste que existe é ver um jovem com vontade de ter um futuro, mas não conseguir”.
O Programa Banco Social tem como objetivo empoderar jovens e mulheres chefes de família, através da criação de condições para que possam ter acesso ao emprego ou auto emprego sustentáveis, e ao rendimento e, desta forma, permitir a inclusão socio económica dos munícipes de Ribeira Grade de Santiago. O programa apoia as atividades geradoras de rendimento através de atribuição de kits aos beneficiários.
O projeto é uma iniciativa do Fundo de Descentralização, financiado pelo Grão-Ducado do Luxemburgo, no montante de 4, 1 milhões de euros, e conta com o apoio técnico e gestão do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em estreita articulação com o Governo de Cabo Verde, através da Direção Nacional do Planeamento e tem como o objetivo lutar contra a pobreza e as disparidades sociais e regionais e apoiar o país no processo de descentralização e desenvolvimento local.
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História
17 março 2022
Engajamento social e qualidade de vida: a construção do centro comunitário no assentamento de Água Funda
Água Funda é um assentamento informal que se desenvolveu a Este da Cidade da Praia e considerado um dos mais precários do município.
No entanto, conta com uma população engajada para transformar a condição urbana do seu bairro e melhorar a sua qualidade de vida. Parte desse esforço coletivo, resultou na decisão da comunidade, com apoio dos parceiros locais e governamentais, em construir um Centro Comunitário.
Este Centro Comunitário pensado pela comunidade local, sob a liderança de uma associação comunitária engajada (a Associação Lém de Paz) prevê, nesta primeira fase de construção do piso rés-do-chão, uma sala comum multiuso para eventos, reuniões e atividades formativas, uma sala para atividades infantis, além banheiros e um espaço externo.
Esta ação busca proporcionar atividades socioculturais e educativas que fomentem o bem-estar, a segurança, autonomia e empoderamento da comunidade local.
Importante mencionar que o espaço dedicado às crianças, além de garantir a segurança e um ambiente de socialização destas, é também uma estratégia para a construção da emancipação das mulheres na medida em que pode diminuir a carga da dupla jornada geralmente assumida por elas.
Segundo José Firmino, lider da associação comunitária, essa iniciativa na comunidade dará acesso a serviços que antes eram mais custosos às famílias:
Há tantas famílias aqui que precisam colocar seus filhos no jardim, e hoje levam lá no Castelão (outro bairro), outros lá na Achada Grande (outro bairro) , ou ainda que nem têm condições fnanceiras para tal, pois são jardins particulares, são mais caros.
Estima-se que esta iniciativa beneficiará cerca de 600 pessoas, considerando ainda o bairro de Achada Mato e seus arredores, além de gerar empregos directos, tendo em vista que será privilegiada a mão-de-obra local na fase da construção, contribuindo assim, para o rendimento económico das famílias.
A iniciativa é implementada no quadro do Programa Participativo para Melhoria dos Assentamentos Informais (PSUP) que conta com o financiamento da União Europeia e execução do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), com parceria da Câmara Municipal de Praia.
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História
17 março 2022
“Green Cities : FAO inaugura obras na cidade da Praia
No âmbito da Iniciativa “Green Cities” (Cidades Verdes), a FAO, em parceira com a Câmara Municipal da Praia, a União Europeia e demais parceiros, inauguraram as obras do Miradouro “Bubs Ponta Cais”, em Achada Grande Frente. O espaço, com uma bela vista panorâmica e completa sobre a cidade da Praia, contempla um parque infantil e um park fitness devidamente equipados. Igualmente, cem famílias receberam espécies fruteiras para plantar ao redor das casas para melhorar os seus meios de subsistência.
A cidade da Praia é uma das seleccionadas para beneficiar das primeiras acções das “Cidades Verdes”, sendo que em Junho de 2021, o Diretor-Geral da FAO e o edil praiense assinaram o compromisso da organização em acompanhar a capital de Cabo Verde no seu programa "greening". A Iniciativa “Cidades Verdes (Green Cities)” tem como objetivo desencadear ações transformadoras e tornar as cidades mais verdes, mais limpas, mais resilientes e regenerativas, e de melhorar o bem-estar dos moradores das cidades através do aumento da disponibilidade e acesso a produtos e serviços prestados pela agricultura urbana e periurbana sustentável, silvicultura e sistemas alimentares. Será implementado em áreas metropolitanas, cidades médias e pequenas de países em desenvolvimento, com o objetivo de chegar a 1000 cidades até 2030.
A obra é “Um sinal importante da aposta que está a ser feita nas questões ambientais. Aqui havia um espaço que era praticamente uma lixeira e hoje está transformado num espaço agradável e com muitas valências. Tem espaço para as crianças brincarem, para pessoas idosas fazerem exercícios e depois está integrado numa nova visão para a cidade”. O autarca destaca ainda “o grande trabalho que a FAO conseguiu fazer juntamente com os parceiros. É muito importante sublinhar que aquilo que está a ser feito aqui hoje é uma linha que continuaremos a seguir na cidade, ou seja, recuperar os espaços abandonados, dando, ao mesmo tempo, novos sinais que são de valorização do ambiente e um profundo sinal da participação da comunidade na gestão e no cuidado para que se possa criar um espírito coletivo que é preciso na Praia para podermos trazer o desenvolvimento, de facto”. Presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho
O projeto no bairro de Achada Grande Frente tem como objetivos: proporcionar acessibilidade a um local abandonado, dar nova vida à zona em redor do porto, facilitar o trânsito entre a Achada Grande Frente e o porto, melhorar a drenagem da água desde o planalto até à parte inferior da área, reflorestar o planalto superior da área e dos lados da encosta, criar uma área de entretenimento para crianças.
A Representante da FAO, Ana Laura Touza, também salienta o trabalho de parceria entre a FAO, a Câmara Municipal da Praia, a União Europeia, as ONG que trabalham na comunidade (África 70 e a Associação Pilorinhu) e o Ministério da Agricultura e Ambiente.
“Estamos seguros de que este é o início de um trabalho a continuar com todos os parceiros para se fazer outras intervenções na cidade e outras cidades de Cabo Verde, estando, inclusive, numa fase de identificação de outras duas”. Refere ainda que “as famílias vão receber árvores para plantar nos seus próprios quintais e vão receber acompanhamento técnico. A ideia é que toda a comunidade esteja cheia de árvores.”
A União Europeia, através do projeto REFLOR-CV (Reforço da capacidade de adaptação e resiliência no setor florestal em Cabo Verde), juntou-se à FAO para apoiar o programa municipal. A Embaixadora da União Europeia considera a obra de grande valia para a comunidade e para cidade, enaltecendo a preocupação que todos têm com mais espaços verdes na cidade e com as questões ambientais, a bem do bem-estar das populações.
Duas escolas primárias e uma escola secundária do bairro também vão receber árvores fruteiras e os alunos beneficiando de sessões da “Floresta Pedagógica”, uma iniciativa do projeto REFLOR-CV que visa sensibilizar a comunidade educativa para as questões florestais e alterações climáticas.
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Comunicado de Imprensa
03 junho 2022
1º Encontro Anual dos Juízes Caboverdianos
“A Centralidade do Poder Judicial no Estado Constitucional e de Direito Caboverdiano” foi o tema escolhido para o 1º Encontro Anual dos Juízes Caboverdianos, realizado de 25 a 27 de maio, pela Associação Sindical de Juízes Caboverdiandos (ASJCV) em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre as Drogas e Crime (ONUDC), no âmbito do projeto de reforço das capacidades intitucionais nacionais no setor da justiça em Cabo Verde, financiado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.
Na sua intervenção de abertura o Diretor Regional do ONUDC, congratulou o tema elegido pela Associacão Sindical dos Juízes de Cabo Verde pela sua atualidade e pela sua relevância, num Estado de Direito como Cabo Verde. Além disso, realçou que o ONUDC enquanto guardião da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, é responsável por auxiliar os Estados na sua implementação. Especificamente no que respeita à prevenção da corrupção, destacou os os princípios de independência e integridade, que devem sempre orientar a conduta dos juízes, cabendo ao poder judicial um papel crucial no combate à corrupção.
Ao presidir à cerimónia de abertura do evento, o Presidente da República de Cabo Verde, Dr. José Maria Pereira Neves, reconheceu a essencialidade do poder judicial na realização da justiça e sublinhou a importância da independência judicial, devendo a atuação do juiz afastar-se do poder político, da opinião pública, primando pela garantia dos direitos e liberdades dos cidadãos.
Esse primeiro encontro visou a partilha de experiências e a discussão de relevantes temáticas concernentes à realização da justiça em Cabo Verde. Dele participaram painelistas nacionais, entre os quais destacamos o sr. Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e o sr. Presidente do Conselho Superior de Magistratura Judicial, bem como representantes de importantes entidades dos países de língua portuguesa: União Internacional de Magistrados, União Internacional de Juízes de língua Portuguesa, Associação dos Magistrados Brasileiros e Associação Sindical dos Juízes da Portugueses.
Durante o encontro, que se centrou em três painéis - independência do poder judicial; associativismo judiciário na construção/consolidação do Estado de Direito; e comunicação dos tribunais e a sociedade/ dever de reserva dos juízes – foram apresentados e debatidos temas com o objetivo de se reforçar alguns princípios constitucionais fundamentais e caraterizadores do Estado de Direito, nomeadamente o princípio da separação de poderes e o da integridade institucional. No decurso do evento, foi igualmente aprovado o projeto de código de ética, assente nos Princípios de Bangalore de conduta judicial, elaborados pelo Grupo de Integridade Judicial, constituído sob os auspícios das Nações Unidas. Documento esse trabalhado em parceria com o ONUDC
O poder judicial caboverdiano saiu reforçado e amadurecido desse encontro, no qual foi enfatizada a imprescindibilidade de se imprimir maior atenção à criação de condições para a continuidade da atividade associativa, à cooperação com associações internacionais e ao aprimoramento da comunicação entre os magistrados e a sociedade.
Recorde-se que a abertura do evento foi presidida por Sua Excelência, o Presidente da República de Cabo Verde, Dr. José Maria Pereira Neves, e contou, entre outras ilustres personalidades, com a presença do Presidente do Supremos Tribunal da Justiça, Dr. Benfeito Mosso Ramos, do Presidente da ASJCV, Dr. Evandro Tancredo Rocha, do Diretor Regional do ONUDC para a África Ocidental e Central, Dr. Amado Philip de Andrès,e do Embaixador dos Estados Unidos da América, Dr. Jeff Daigle.
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Comunicado de Imprensa
08 fevereiro 2022
Relatório do PNUD sobre a segurança humana 2022: 6 em cada 7 pessoas em todo o mundo vivem atormentadas por sentimentos de insegurança
O novo Relatório do PNUD mostra crescente sensação de insegurança entre as pessoas.
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Comunicado de Imprensa
17 setembro 2021
Semana de Alto Nível da Assembleia Geral da ONU será de 20 a 24 de - Acompanhe toda a a programação
Sob o tema 'Construindo Resiliência através da Esperança', e no contexto da pandemia de COVID-19 e da insegurança global, a Semana de Alto Nível da 76ª sessão da Assembleia Geral da ONU vai acontecer de 20 a 24 de setembro de 2021, com transmissão pela TV da ONU (webtv.un.org). A página oficial da Semana é a www.un.org/en/content/summits2021.
A abertura abordará a necessidade de maior urgência e ambição para acabar com a pandemia e garantir uma recuperação equitativa, verde e com implementação acelerada dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Enquanto trabalhamos para acabar com a pandemia em todos os lugares e reiniciar a economia global, as escolhas que fizermos irão garantir a saúde humana, econômica e ambiental para as gerações futuras ou reforçar antigos padrões que estão destruindo a natureza e impulsionando a divisão social.
Uma recuperação da COVID-19 que seja inclusiva, sustentável e resiliente é fundamental para colocar o mundo no rumo de uma transição justa para limitar o aquecimento a 1,5º C, que também criará empregos, reduzirá desigualdades e melhorará a saúde e a segurança alimentar, beneficiando as pessoas, o planeta e a economia.
Nosso maior desafio — que é ao mesmo tempo nossa maior oportunidade — é usar essa crise para virar a maré, pavimentar o caminho rumo a um futuro melhor para todos, alavancando cada vez mais e mais a cooperação internacional eficaz.
Além do Debate Geral, a reunião deste ano dará início a uma série de conferências internacionais da ONU em 2021, que deverão destacar ações e soluções para iniciar as transformações necessárias para garantir uma vida saudável, pacífica e próspera para todos. Outros eventos de alto nível na Assembleia Geral irão enfatizar esses temas principais.
Momentos-chave:
Momento ODS (20 de setembro)
Reunião de alto nível sobre o 20º aniversário da Declaração e Plano de Ação de Durban (22 de setembro)
Cúpula do secretário-geral da ONU sobre Sistemas Alimentares (23 de setembro)
Debate do Conselho de Segurança sobre Clima e Segurança (23 de setembro)
Diálogo de Alto Nível sobre Energia (24 de setembro)
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - 20 de setembro
Por que os ODS são importantes?
A pandemia de COVID-19 demonstrou a fragilidade do nosso mundo. Expôs o falhas e fragilidades que a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) visa abordar: sistemas de saúde inadequados, lacunas em proteção social, desigualdades estruturais, instituições fracas, degradação ambiental e a crise climática, entre outras.
Os Objetivos fornecem um caminho vital para orientar a recuperação global da crise da COVID-19, caminho este que leva a economias mais verdes e inclusivas, e sociedades mais fortes e resilientes. Seis anos desde a adoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, houve progresso em algumas áreas, como melhoria da saúde materno-infantil, expansão do acesso à eletricidade e aumento da representação das mulheres no governo. No entanto, mesmo esses avanços foram ofuscados em outras áreas, devido à crescente insegurança alimentar, deterioração do meio ambiente e desigualdades persistentes e generalizadas. .
Agora, a COVID-19 desencadeou uma crise sem precedentes, revirando e bagunçando as economias, meios de subsistência e finanças governamentais de uma forma que tornará o progresso nos Objetivos ainda mais difícil, com os mais pobres e vulneráveis do mundo sendo os mais afetados. A pandemia corre o risco de levar milhões de pessoas à pobreza e aprofundou as desigualdades já existentes, além de reforçar padrões enraizados de discriminação e desigualdades exacerbadas para mulheres e meninas. Também está tirando a atenção e recursos da ação climática, além de esforços para garantir uma transição justa com precisão, onde na verdade uma onda de ambição para reverter tudo isso se faz necessária.
Este é um momento de crise, mas passos ousados e ações aceleradas em todos os níveis e por todas as partes interessadas podem conduzir o mundo de volta ao caminho dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Este é um momento de mudança, uma mudança profunda e sistêmica para uma economia mais sustentável que funcione tanto para as pessoas quanto para o planeta. Os objetivos fornecem o plano para alcançar esta mudança. A década de 2020 ainda pode se tornar não apenas uma década de ação, mas também de transformação genuína para as pessoas e para o planeta.
Objetivos:
O Momento ODS serve para destacar anualmente os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Este ano acontece numa conjuntura em que o mundo experimenta uma resposta profundamente desigual à pandemia da COVID-19, que corre o risco de criar uma recuperação de dois níveis com implicações significativas para o avanço dos ODS, especialmente nos países em desenvolvimento. O Momento SDG irá:
Reforçar a relevância contínua da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e construir ímpeto antes das principais cúpulas e reuniões intergovernamentais;
Destacar as ações urgentes necessárias para garantir que os esforços de resposta e recuperação da COVID-19 sejam equitativos e inclusivos, e acelerar a transição para o desenvolvimento sustentável;
Demonstrar que a mudança transformadora em escala é possível até 2030.
Formato e resultados esperados:
O Momento ODS será realizado durante a Semana de Alto Nível em um formato híbrido. A reunião será transmitida ao vivo online e acessível a todos.
O evento será aberto pelo Secretário-Geral da ONU e uma série de convidados especiais, incluindo a banda sul-coreana BTS.
Haverá uma mesa redonda com líderes da ONU sobre a Resposta e Recuperação do Estado à COVID-19.
Espera-se que aproximadamente 30 chefes de estado e de Governo falem na reunião deste ano, durante três a quatro minutos cada.
As intervenções abordarão planos nacionais, caminhos, parcerias e esforços de recuperação para acelerar o progresso dos ODS durante a Década de Ação.
O Momento ODS é complementado por uma campanha de mídia social que visa 'Manter a Promessa' dos ODS; uma Zona de Ação Virtual e uma Zona de Mídia dos ODS.
Mais informações #ObjetivosGlobais #GlobalGoals:
www.un.org/sustainabledevelopment/sdg-moment
https://un.cheerity.com
Aniversário de 20 anos da Declaração e Plano de Ação de Durban (DDPA) - 22 de setembro
Por que é importante?
A Declaração e Plano de Ação de Durban (DDPA) é o modelo da ONU para combater efetivamente o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e a intolerância relacionada, e representa um desenvolvimento fundamental dos direitos humanos.
O 20º aniversário da adoção da DDPA acontece em um momento crucial de virada na luta global contra o racismo e a discriminação racial que está criando um novo ímpeto para revisar a eficiência das medidas anteriores, revisitar os desafios, retificar deficiências e se comprometer com medidas mais rápidas e eficazes contra o racismo e a discriminação racial.
A DDPA é um documento centrado na vítima focada no racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância relacionada, sofridas por africanos, afrodescendentes, asiáticos e descendentes de asiáticos, povos indígenas, migrantes, refugiados, pessoas deslocadas, vítimas de tráfico de seres humanos e pessoas pertencentes a várias minorias. Reafirma que os Estados têm o dever de proteger e promover os direitos humanos de todas as vítimas e devem aplicar uma perspectiva de gênero, reconhecendo as múltiplas formas de discriminação.
Muito do racismo atual está profundamente enraizado em séculos de colonialismo e escravidão. É especialmente importante reconhecer as injustiças históricas, reparar erros de longa data e reverter suas consequências.
A justiça reparatória é crucial para a reconciliação, prevenção de conflitos futuros e a criação de sociedades baseadas na justiça, igualdade, respeito e solidariedade. Requer uma abordagem multifacetada, baseada no direito internacional dos direitos humanos.
O tema da reunião de alto nível é “Reparações, justiça racial e igualdade para os afrodescendentes” e destacará a necessidade de reparar séculos de violência e discriminação.
Objetivos:
Esta reunião de alto nível a nível de chefes de Estado e de Governo pretende organizar e apoiar várias iniciativas de alta visibilidade, buscando aumentar a efetivamente e a conscientização em todos os níveis, em comemoração do vigésimo aniversário da adoção da Declaração e Plano de Ação de Durban.
Formato e resultados esperados:
A reunião de alto nível consistirá em uma reunião plenária de abertura, duas mesas redondas consecutivas e uma reunião plenária de encerramento.
A reunião adotará uma declaração política curta e concisa com o objetivo de mobilizar empenho político para a implementação plena e efetiva da DDPA e seus processos de acompanhamento.
Para dar vida às questões abordadas na DDPA e catalisar engajamento e ação, a ONU está lançando uma nova campanha para #LutarContraORacismo.
Mais informações #NãoAoRacismo #FightRacism:
https://www.un.org/en/durban-20-anniversary
https://www.un.org/en/fight-racism
Cúpula do secretário-geral da ONU sobre Sistemas Alimentares - 23 de setembro
Por que é importante?
Com até 811 milhões de homens, mulheres e crianças em todo o mundo sem alimentos suficientes para comer de acordo com o relatório SOFI de 2021 da FAO, os sistemas alimentares existentes estão falhando em cumprir seu propósito fundamental de prevenir a fome.
Os sistemas de produção, processamento, distribuição e consumo de alimentos juntos também estão contribuindo com um terço estimado das emissões de gases de efeito estufa, além de consolidar desigualdades sistêmicas em torno dos direitos à terra e à água, direitos de gênero e direitos humanos básicos.
No entanto, os sistemas alimentares funcionais têm o potencial de ir muito além de fornecer refeições regulares, saudáveis e acessíveis. Sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis podem definir a saúde e o bem-estar da população global, proporcionar meios de subsistência decentes para mais de um bilhão de pessoas e reduzir nosso impacto coletivo no mundo natural.
A transformação necessária dos sistemas alimentares em todo o mundo só acontecerá com planejamento, reunindo todos aqueles que têm um papel a desempenhar nos sistemas alimentares, junto com aqueles que têm seu futuro em jogo. Nos últimos 50 anos, a produção global de alimentos aumentou graças à nossa incrível capacidade de inovação. Ao unir e liberar a engenhosidade e vontade humana, o mundo não só irá produzir mais, mas também produzirá melhor.
Objetivos:
Durante a 76ª sessão da Assembleia Geral da ONU, o Secretário-Geral da ONU António Guterres irá convocar uma histórica Cúpula de Sistemas Alimentares que visa:
Aumentar a consciência global e garantir compromissos e ações globais, regionais e nacionais que transformem os sistemas alimentares para resolver não apenas a fome, mas para reduzir as doenças relacionadas à dieta e curar o planeta;
Lançar novas ações significativas para gerar progresso em todos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, cada dos quais depende, até certo ponto, de sistemas alimentares mais saudáveis, sustentáveis e equitativos; Desenvolver princípios para orientar governos e outras partes interessadas que buscam alavancar seus sistemas alimentares para apoiar os ODS e tudo em que eles se baseiam, incluindo os direitos humanos;
Reunir as principais figuras do mundo da ciência, negócios, política, saúde e academia, bem como agricultores, povos indígenas, organizações de jovens, grupos de consumidores, ativistas ambientais e outras partes interessadas importantes;
Apelo à ação coletiva de todos os cidadãos para mudar radicalmente a forma como produzimos, processamos e consumimos alimentos;
Despertar o mundo para o fato de que todos devemos trabalhar juntos para transformar a maneira como o mundo produz, consome e pensa em comida;
Criar um sistema de acompanhamento e revisão para garantir que os resultados da Cúpula continuem a impulsionar novas ações e progresso.
Formato e resultados esperados:
A Cúpula será um evento virtual. Vai culminar com o anúncio de estratégias nacionais, iniciativas regionais e coalizões para a mudança, com um apelo à ação em todos os níveis do sistema alimentar, incluindo governos nacionais e locais, empresas e cidadãos.
Mais informações #UNFSS2021 #FoodSystems
www.un.org/food-systems-summit
Debate do Conselho de Segurança sobre Clima e Segurança - 23 de setembro
Por que é importante?
Tornou-se cada vez mais evidente que a mudança climática e os desastres relacionados ao clima podem exacerbar os riscos que levam ao conflito e à insegurança.
A redução dos recursos naturais e dos bens ecossistêmicos, como água e terras férteis, pode levar ao aumento de tensões e paralisar os esforços para prevenir conflitos e manter a paz. No ano passado, mais de 30 milhões de pessoas foram deslocadas por desastres relacionados ao clima. Noventa por cento dos refugiados vêm de países que estão entre os mais vulneráveis e menos capazes de se adaptar aos efeitos da mudança climática.
Em nossos esforços globais de prevenção de conflitos, pacificação e manutenção da paz, devemos enfrentar os impactos crescentes da mudança climática que ameaçam manter os países vulneráveis em um círculo vicioso de desastres climáticos e conflitos.
Ainda podemos limitar o aquecimento global a 1,5 °C e enfrentar essa emergência climática se atingirmos as emissões zero até metade do século. Soluções existem.
Objetivos:
O Debate do Conselho de Segurança sobre Clima e Segurança apresenta uma oportunidade para explorar o crescente consenso global de que desastres relacionados ao clima estão ligados à crescente instabilidade e tensões que ameaçam a paz e a segurança em todo o mundo.
Formato e resultados esperados:
O Debate Aberto será presencial.
Mais informações #AçãoClimática #ClimateAction:
https://www.un.org/securitycouncil
Diálogo de Alto Nível sobre Energia - 24 de setembro
Por que é importante?
Energia é a chave para alcançar a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o Acordo de Paris sobre o Clima. Acesso universal à energia limpa, acessível e moderna é essencial se quisermos alcançar os ODS à medida que descarbonizamos os sistemas de energia do mundo.
O mundo atualmente está aquém de alcançar o ODS 7. Precisamos mudar essa trajetória. Atualmente, 759 milhões de pessoas não têm acesso à eletricidade e 2,6 bilhões ainda cozinham com combustíveis não saudáveis.
Também estamos longe de atingir emissões zero até 2050 - as emissões de gases de efeito estufa ainda estão aumentando. A ciência diz que, para manter a meta de 1,5 ºC atingível, precisamos acelerar rapidamente as transições de energia para fontes de energia renováveis com aumento de investimentos financeiros e parcerias, na medida em que ampliamos o acesso à energia.
Os subsídios aos combustíveis fósseis devem mudar e apoiar as energias renováveis, os países desenvolvidos devem liderar na implementação de planos de eliminação de carvão - até 2030 nos países da OCDE, e até 2040 nos demais países - de acordo com o pacto global do Diálogo.
A atual pandemia global COVID-19 também destacou a importância de acesso à energia para resiliência e adaptabilidade - seja para saúde, aprendizagem remota ou trabalho remoto.
Cada país, cidade, instituição financeira e empresa precisa aumentar suas metas e são encorajados a enviar seus Pactos Energéticos estabelecendo seus compromissos voluntários e ações. Os Pactos de Energia mostrarão como planejam aumentar o acesso à energia limpa e acessível, e acelerar uma transição para uma energia inclusiva e justa, alinhados ao pacto global para alcançar o ODS 7 e as emissões zero de carbono.
Ainda podemos alcançar o ODS 7 e o Acordo de Paris, mas somente se os esforços atuais para reduzir as emissões e garantir o acesso universal à energia sustentável forem dramaticamente acelerados.
Objetivos:
O Diálogo de Alto Nível sobre Energia visa enfrentar a dupla crise de mudança climática e pobreza energética - para acelerar a ação em direção a energia limpa e acessível para todos, em busca de reduzir as emissões e fornecer energia para 759 milhões de pessoas que atualmente não têm acesso a eletricidade e os 2,6 bilhões que cozinham com combustíveis não saudáveis.
Além disso, o Diálogo visa:
Aumentar a ambição em relação ao cumprimento das metas do ODS 7, catalisando soluções inovadoras, investimentos, parcerias com múltiplas partes interessadas e compromissos políticos;
Catalisar financiamento, investimento, inovação, novas tecnologias, capacitação e dados de qualidade para a aceleração do ODS 7, incluindo a maximização de sua contribuição para o combate às mudanças climáticas;
Fortalecer as sinergias com os principais processos intergovernamentais, envolvendo transporte, oceanos, biodiversidade, igualdade de gênero, sistemas alimentares e mudança climática;
Acelerar a prestação de apoio e serviços das Nações Unidas aos Estados membros em questões relacionadas à energia em todos os níveis.
Formato e resultados esperados:
O Diálogo de Alto Nível sobre Energia acontecerá virtualmente, em nível de cúpula, pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, conforme mandato da Assembleia Geral da ONU. É a primeira reunião de alto nível sobre energia sob os auspícios da Assembleia Geral da ONU em quarenta anos, e representa uma oportunidade histórica.
O Diálogo proporcionará aos Estados Membros e outras partes interessadas uma oportunidade de anunciar Pactos Energéticos que estabelecerão compromissos voluntários e ações para alcançar energia limpa e acessível para todos, com implementação a ser monitorada e acompanhada até 2030. Trinta Estados Membros Campeões Globais estão desempenhando papéis importantes na mobilização destes compromissos.
Além do Diálogo oficial, eventos de ação energética serão realizados nas manhãs de 22 e 23 de setembro, para dar mais tempo aos governos nacionais e locais, empresas, jovens e organizações da sociedade civil para anunciar seus Pactos de Energéticos e expandir parcerias. Um “bate-papo ao pé da lareira” informal em 24 de setembro às 8h30 com líderes seniores da ONU, empresas e sociedade civil destacará as principais questões e definirá o cenário para o Diálogo.
Outro resultado importante do Diálogo será uma declaração prospectiva estabelecendo um roteiro global para ações concretas necessárias para garantir o acesso à energia limpa e acessível para todos (ODS 7) até 2030, em apoio à Década de Ação para cumprir os ODS e a ação climática.
O roteiro global será baseado nas recomendações de cinco Grupos de Trabalho Técnico e informados pelos Fóruns Temáticos Ministeriais.
Um relatório abrangente do Diálogo também será compilado com base nas discussões durante o Diálogo e disponibilizado nos processos preparatórios e materiais de apoio relevantes.
Mais informações #HLDE2021 #SustainableEnergy #EnergiaSustentável:
www.un.org/en/conferences/energy2021
* Emitido pelo Departamento de Comunicação Global da ONU (DGC)
DESTAQUES ADICIONAIS:
Zona de Mídia dos ODS - 16 a 24 de setembro
O que esperar:
A Zona de Mídia dos ODS irá destacar e explicar as principais questões relacionadas com a 76ª Sessão da Assembleia Geral, incluindo ação climática, biodiversidade, igualdade de vacinas, sistemas alimentares e energia renovável; As entrevistas, produzidas em colaboração com organizações de mídia globais, regionais e nacionais, apresentarão altos funcionários da ONU, especialistas, bem como influenciadores, celebridades e outros agentes de mudança de todo o Sistema das Nações Unidas.
Por que assistir?
As sessões da Zona de Mídia dos ODS destacam as questões mais recentes, os esforços da comunidade global e as vozes e necessidades das pessoas que servimos.
Ancoradas por meio de parcerias com organizações de mídia, as sessões têm como objetivo alcançar e inspirar públicos em todos os lugares por meio de colaborações de conteúdo significativas.
As conversas visam moldar o discurso público e enquadrar as principais discussões sobre o que precisa ser feito para enfrentar os desafios do mundo, transformar compromissos em ações, apresentar soluções e avançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Mais informações #SDGLive #ODSLive:
www.un.org/sdgmediazone
Zona de Ação dos ODS - 22 a 24 de setembro
O que esperar:
A Zona de Ação dos ODS reúne virtualmente os mais altos níveis de liderança da ONU, ativistas, funcionários do governo e líderes empresariais - visando destacar soluções, planos e investimentos necessários para impactar positivamente a vida das pessoas e o futuro do nosso planeta. Isso será capturado em entrevistas e conteúdo multimídia correspondente..
Mais informações #ZonadeAçãoODS #SDGActionZone2021 #ForPeopleForPlanet:
www.sdgactionzone.org
DESTAQUES ADICIONAIS:
Instalação do artista suíço Saype Art - 18 de setembro
O que esperar:
“World in progress II” é a segunda etapa de uma obra produzida pelo artista suíço Saype. O artista retratou crianças desenhando seu mundo do amanhã dos sonhos como parte do 75º aniversário da ONU em Genebra. Agora, essas mesmas crianças vão dar vida às suas ideias em uma farândola universal na Sede das Nações Unidas, criada por meio de esboços a lápis e dobras de origami. Saype deseja usar este novo trabalho para nos lembrar de nosso dever para com as gerações futuras.
A obra - um presente da Missão Suíça - será pintada no gramado norte da Sede da ONU e inaugurada pelo Secretário-Geral da ONU em 18 de Setembro com comentários celebrando a arte no contexto da Nossa Agenda Comum.
Projeção de montagem interespécies - 22 a 24 de setembro
O que esperar:
Chamada Interspecies Assembly, uma instalação de vídeo-arte será projetada todas as noites às 20h na parede norte do icônico prédio do Secretariado da ONU na cidade de Nova York.
Criado pelo SUPERFLEX, um grupo dinamarquês conhecido por integrar arte, ativismo e ciência em seu trabalho e trazido para a Assembleia Geral em parceria com a Art2030, a projeção mostra Sifonóforos - criaturas marinhas que funcionam não como um único corpo fisicamente conectado, mas uma colônia de organismos que trabalham em harmonia para o bem-estar de sua sociedade.
Projetada durante a Semana de Alto Nível da Assembleia Geral da ONU, a instalação simboliza a interdependência e a importância da solidariedade global para salvaguardar o bem-estar de todas as espécies e reflete a aspiração de um momento crucial, pois os líderes mundiais enfrentam a urgente necessidade de colaboração para superar os desafios globais imediatos.
Objetivo:
A Projeção visa aumentar a consciência sobre a necessidade crítica de proteger os diversos ecossistemas e muitas formas de vida em todo o planeta que são fundamentais para o cumprimento dos ODS até 2030.
Mais informações #ObjetivosGlobais #GlobalGoals:
ART 2030 | SUPERFLEX: Interspecies Assembly
* Emitido pelo Departamento de Comunicação Global da ONU (DGC)
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Comunicado de Imprensa
30 julho 2021
COVID-19 e o Crime: O Impacto da Pandemia no Tráfico de Pessoas
Enquanto isso, os traficantes tiraram vantagem da crise global, capitalizando a perda de renda das pessoas e o aumento do tempo que tanto adultos quanto crianças estavam passando on-line.
"A pandemia aumentou as vulnerabilidades ao tráfico de pessoas, tornando o tráfico ainda mais difícil de detectar e deixando as vítimas lutando para obter ajuda e acesso à justiça", diz a Diretora Executiva do UNODC, Ghada Waly.
"Este estudo é um novo e importante recurso para formuladores de políticas e profissionais da justiça criminal, pois examina estratégias bem sucedidas para investigar e processar o tráfico de pessoas em tempos de crise. Ele também fornece recomendações sobre o apoio às respostas da linha de frente e às vítimas e a construção de resiliência para futuras crises".
A publicação mostra que as medidas para conter a propagação do vírus aumentaram o risco de tráfico para pessoas em situações vulneráveis, expondo as vítimas a maior exploração e limitando o acesso a serviços essenciais para os sobreviventes deste crime.
"Os traficantes se aproveitam das vulnerabilidades e frequentemente atraem suas vítimas com falsas promessas de emprego", explica Ilias Chatzis, Chefe da Seção de Tráfico de Pessoas e Contrabando de Migrantes do UNODC, que desenvolveu o novo estudo.
"A pandemia levou a grandes perdas de empregos em muitos setores e isto cria oportunidades para que as redes criminosas se aproveitem de pessoas desesperadas", acrescenta ele.
O estudo descobriu que as crianças estão sendo cada vez mais alvo de traficantes que estão usando as mídias sociais e outras plataformas on-line para recrutar novas vítimas e lucrar com o aumento da demanda por materiais de exploração sexual infantil.
"Os especialistas que contribuíram para nosso estudo relataram suas preocupações sobre o aumento do tráfico de crianças. Crianças estão sendo traficadas para exploração sexual, casamento forçado, mendicidade forçada e para criminalidade forçada", diz o Sr. Chatzis.
Devido aos bloqueios e limitações nos serviços antitráfico, as vítimas tinham ainda menos chances de escapar de seus traficantes.
Com as fronteiras fechadas, muitas vítimas de tráfico resgatadas foram forçadas a permanecer por meses em abrigos nos países onde haviam sido exploradas em vez de voltar para casa.
Os serviços essenciais de apoio e proteção dos quais as vítimas dependem foram reduzidos ou mesmo suspensos.
"Quando as vítimas resgatadas estão se recuperando de sua provação, muitas vezes precisam de assistência regular como parte do processo de reabilitação e reintegração. Isto poderia ser assistência médica, psicológica, assistência jurídica ou acesso à educação e oportunidades de emprego", diz Ilias Chatzis do UNODC.
"Em muitos casos isto simplesmente parou, colocando os sobreviventes do tráfico em risco de serem re-traumatizados ou mesmo re-traficados, especialmente aqueles que perderam seus empregos e ficaram subitamente desempregados e destituídos", acrescenta ele.
Embora muitas partes do mundo tenham chegado a um impasse, a pandemia da COVID não retardou o tráfico humano.
"O crime prospera em tempos de crise e os traficantes se adaptaram rapidamente ao 'novo normal'". Eles responderam ao fechamento de bares, clubes e casas de massagem, onde a exploração pode ocorrer, simplesmente transferindo seus negócios ilegais para propriedades privadas ou online", acrescenta ele.
Em alguns países, policiais de unidades especializadas antitráfico foram transferidos de suas funções regulares para controlar os esforços nacionais para conter a propagação da COVID, dando aos traficantes uma oportunidade de operar com menor risco de serem detectados.
"A pandemia nos ensinou que precisamos desenvolver estratégias sobre como continuar as atividades antitráfico humano em nível nacional e internacional, mesmo durante uma crise. Esperamos que as conclusões de nosso estudo e suas recomendações contribuam para isso", diz Ilias Chatzis
Fonte: ONUDC
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Comunicado de Imprensa
11 julho 2021
UNFPA Circular do Dia Mundial da População 11 de julho de 2021
Contexto
A atual pandemia da COVID-19 expôs as deficiências nos sistemas de saúde em todo o mundo e causou sérias lacunas e desafios no fornecimento de informações e serviços de saúde sexual e reprodutiva. Além disso, a realocação de recursos fora desses serviços está a afetar a saúde de mulheres e meninas.
Ao mesmo tempo, a COVID-19 exacerbou as desigualdades de gênero e a violência de género, com aumento da incidência da violência em situação de confinamento. Também há sinais de que o casamento infantil e a mutilação genital feminina estão a aumentar e não estão sendo mitigados, à medida que os programas para lidar com essas práticas prejudiciais foram interrompidos.
Os impactos económicos derivados da pandemia foram sentidos especialmente por mulheres e meninas, que geralmente ganham menos, têm empregos menos seguros e enfrentam maior risco de perder os seus meios de subsistência ou cair na pobreza. As mulheres também enfrentaram um fardo cada vez maior de trabalho não remunerado, empurrando muitas para fora do mercado de trabalho.
Nesse contexto, muitas pessoas expressam preocupação crescente com as mudanças nas taxas de fertilidade, que, em alguns lugares, parecem estar se acelerando devido à pandemia. Historicamente, o alarmismo sobre as baixas taxas de fertilidade transfere a responsabilidade para as mulheres, pelo menos implicitamente, sem levar em conta os desafios sociais e económicos mais amplos que tornam difícil para as pessoas terem o número de filhos que desejam. Em alguns casos, levou a medidas retrógradas, como a redução do acesso à interrupção da gravidez e / ou restrições à contracepção. Em locais com populações em crescimento, as respostas políticas prejudiciais para reduzir as taxas de fertilidade incluem o planejamento familiar coercitivo e a esterilização.
Nesse Dia Mundial da População, o momento é para aumentar a consciencialização para as necessidades de saúde sexual e reprodutiva das pessoas em todo o mundo. Este ano, o UNFPA chama a atenção para as necessidades e vulnerabilidades de mulheres e meninas em meio à pandemia global e para os esforços necessários para garantir sua saúde e seus direitos humanos.
“Nenhuma organização ou país pode fazer isso sozinho”, disse a Dra. Natalia Kanem, Diretora Executiva do UNFPA, num comunicado.
Riscos aumentados para mulheres
Em todo o mundo, as mulheres enfrentam uma variedade de riscos elevados devido à pandemia. Os profissionais de saúde da linha de frente - a maioria dos quais são mulheres - enfrentam um risco direto de adoecer devido ao COVID-19, por exemplo.
Mas mulheres e meninas fora do setor da saúde também enfrentam sérios riscos. Aquelas que precisam de serviços de saúde sexual e reprodutiva podem enfrentar ansiedade quanto à exposição ao vírus enquanto procuram atendimento - ou podem renunciar totalmente aos cuidados. Outras perderam o acesso a cuidados de saúde devido a restrições de movimento e serviços de saúde limitados.
Em alguns países, muitos hospitais e centros de saúde relatam o declínio no número de mulheres e meninas que recebem cuidados essenciais de saúde sexual e reprodutiva, incluindo serviços pré-natais, serviços de parto seguro e planeamento familiar.
O UNFPA e seus parceiros estimam que seis meses de interrupções significativas nos serviços de saúde podem resultar em 47 milhões de mulheres em países de rendimento baixo e medio sem anticoncepcionais, levando a mais 7 milhões de gravidezes indesejadas. O número de mortes maternas também deve aumentar.
O UNFPA está trabalhando para garantir o acesso contínuo a serviços de saúde reprodutiva.
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