O PNUD, através do Laboratório de Aceleração (Accelerator Lab), apoia o Governo de Cabo Verde, através do Programa Cabo Verde Digital e do Ministério do Turismo e Transportes, na realização de um hackathon denominado Reinventa, que se traduz num concurso de ideias e inovação, com particular foco em processos ou produtos com base tecnológica, e que tem como objetivo identificar os problemas em diferentes nichos de um determinado sector e promover o desenvolvimento de soluções digitais que permitam reinventar a forma como o país, em particular o setor turístico, vive a pandemia.
Pretende-se com esta iniciativa mobilizar os diferentes intervenientes do ecossistema de inovação nacional, conectando a comunidade de criadores nacionais com as necessidades das organizações, através do mapeamento de necessidades existentes, bem como fomentar o desenvolvimento de novas soluções inovadoras com base em tecnologia.
Ao intervir no ato de abertura, o representante do Escritório Conjunto do PNUD, UNFPA e UNICEF, Opia Kumah sublinhou que, na busca pela recuperação da crise, “não podemos simplesmente voltar para onde estávamos”, mas antes reinventar, não deixando ninguém para trás.
Devemos emergir melhor, tanto na indústria do turismo como em todos os segmentos da nossa socioeconomia. Assim, através deste hackathon, pretendemos ajudar a reinventar o turismo em Cabo Verde de uma forma que seja não só lucrativa, mas também sustentável e inclusiva. A nova indústria turística que emerge das cinzas da COVID é diferente e melhor. Como PNUD, acreditamos no adágio não deixar ninguém para trás. Com este hackathon queremos ter certeza de que nenhum inovador será deixado para trás em nossa busca por uma solução para os desafios enfrentados pelo setor de turismo”, precisou Opia Kumah, para quem a aceleração da inovação inclusiva é o caminho para se alcançar os ODS.
Esta edição do Reiventa está focada no setor do turismo, um dos mais afetados pela pandemia. De acordo com a Organização Mundial do Turismo, o número de turistas internacionais caiu entre 60% e 80% em comparação com os números de 2019. Como resultado da COVID-19, milhões de negócios relacionados com viagens e turismo, incluindo PMEs, que representam 80% do setor sofreram quedas significativas no fluxo de caixa e receitas, colocando em risco as empresas e seus trabalhadores.